A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) pode dificultar o desejo de engravidar, apresentando desafios tanto para a concepção quanto para a manutenção de uma gravidez saudável. A SOP pode causar irregularidades menstruais e anovulação, o que torna mais difícil identificar o período fértil. Além disso, altos níveis de andrógenos podem resultar em sintomas como crescimento excessivo de pelos, acne e queda de cabelo, afetando a autoestima e a libido.
A resistência à insulina, frequentemente presente na SOP, muitas vezes leva ao ganho de peso e está associada a uma resposta reduzida aos tratamentos de fertilidade, além de aumentar o risco de complicações na gravidez, como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia.
Estudos mostram que as tecnologias de Reprodução Assistida, como a fertilização in vitro (FIV) e a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), desempenham um papel crucial no tratamento da infertilidade relacionada à SOP, especialmente quando a indução da ovulação com medicamentos não é eficaz. No entanto, mulheres com SOP submetidas a FIV ou ICSI têm um risco maior de desenvolver Síndrome de Hiperestimulação Ovariana (SHO) devido à resposta excessiva à estimulação com FSH.
Para reduzir esse risco, recomenda-se um protocolo antagonista de GnRH, que encurta a duração da estimulação e diminui a incidência de SHO, tornando o tratamento mais seguro. A fase de hiperestimulação na FIV é essencial para recrutar múltiplos folículos, aumentando as chances de sucesso no tratamento de pacientes com SOP. Por isso, é fundamental que essas pacientes sejam acompanhadas por profissionais especializados, garantindo um cuidado seguro e eficaz.
Se você enfrenta a Síndrome dos Ovários Policísticos, lembre-se: seu sonho de ser mãe pode estar mais próximo do que imagina!
fonte: CUNHA, A.; PÓVOA, A. M. Infertility management in women with polycystic ovary syndrome: a review. Porto Biomedical Journal, v. 6, n. 1, p. e116, jan. 2021.
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