Inseminação Artificial x Fertilização In Vitro. Qual a diferença?

inseminação artificial x fertilização in vitro - Dra Mila Cerqueira - Ginecologista Florianópolis

A reprodução assistida é uma boa alternativa para os casais que estão enfrentando dificuldades para realizar o sonho de ter filhos. Cada tipo de tratamento é utilizado para um caso específico, e apenas um médico especializado pode definir a causa da infertilidade e o melhor tratamento para cada casal.

Nos casos mais simples, normalmente é escolhida a inseminação artificial, enquanto para os mais complexos, a fertilização in vitro é a mais indicada e é o tratamento que tem maior taxa de sucesso de gravidez no mundo todo.

Inseminação Artificial

A inseminação artificial é um tratamento que consiste em encurtar o caminho percorrido pelos espermatozoides. Ou seja, o sêmen do parceiro ou de um banco de espermatozoides é coletado e introduzido diretamente no útero da mulher para então fecundar o óvulo e gerar o feto. “É um método de baixa complexidade, como se a gente desse uma ajudinha para a natureza”, explica Dra. Mila Cerqueira. Com o campo livre, a corrida até o óvulo ocorre sem problemas.

Para potencializar as chances de sucesso, a paciente toma hormônios que estimulam a ovulação. Enquanto isso, o sêmen do parceiro é colhido em laboratório e os espermatozoides com maior mobilidade, que têm mais potencial, são separados e injetados no útero. Caso o homem produza poucos espermatozoides, o sêmen é coletado e tratado para que sua concentração aumente.

Com a inseminação artificial, as chances da mulher engravidar são de 15%, se ela tiver menos de 35 anos. Esse método é indicado para quando o homem tem um bom espermograma ou quase normal e a mulher tenha as trompas permeáveis, ou seja, sem obstruções, sem endometriose e com idade até no máximo 37 anos”, aponta Dra. Mila.

Fertilização In Vitro

A fertilização in vitro é considerado um método de alta complexidade. É indicado quando as trompas são obstruídas ou pouco competentes (ex mulheres com laqueadura tubarea), em casos de endometriose, baixa reserva ovariana, idade mais avançada da mulher, homens com qualquer alteração no sêmen, como baixa concentração ou mobilidade, além de alteração genética que possa ser passada para o bebê. Neste último caso, deve ser feito um estudo genético pré-implantacional.

O processo da FIV conta com cinco etapas. A primeira é a estimulação dos ovários com medicamentos, seguida da captação dos óvulos, que será feita via vaginal por meio de punção e sob sedação.

Na próxima fase será realizada a fertilização dos óvulos com os espermatozoides, que é feito através da técnica da injeção intracitoplasmática (ICSI), na qual o espermatozoide é inserido dentro do óvulo por uma agulha microscópica.

A quarta etapa é a cultura dos embriões, onde os mesmos são mantidos em incubadora por três a seis dias. Por fim, há a transferência dos embriões, que é um processo indolor realizado com um cateter delicado. A taxa de gravidez na FIV varia de 40 a 60%, variando de acordo com a idade da paciente e a causa da infertilidade.

Por Dra Mila Cerqueira – Ginecologista – CRM/SC:15255 – RQE 7600

 

 

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