Alimentos para menopausa: o que comer para combater os sintomas da menopausa

alimentos para a menopausa - Dra. Mila Cerqueira

Uma das principais queixas das mulheres que estão passando pelo climatério, período que antecede a menopausa (data da última menstruação), são os fogachos -fortes ondas de calor que chegam a deixar a pele vermelha e, em alguns casos, até atrapalham o sono. Certos alimentos devem ser evitados para não desencadear estes calorões. Por outro lado, alguns nutrientes são essenciais para este momento da vida, como o leite e os derivados, por conta do cálcio. Não tente, no entanto, controlar os sintomas apenas com alimentação e exercícios físicos. Apesar de não ser indicada para todas mulheres, a reposição hormonal, feita com acompanhamento médico, auxilia a passar por esta fase da vida com maior facilidade.

Soja:

O grão é conhecido por conter isoflavona, um fitoestrogênio que “imita” características do estrogênio –hormônio feminino que a mulher passa a produzir em menor quantidade quando entra no climatério. Os alimentos ricos em isoflavona diminuiriam as ondas de calor, embora tenham pequena atividade estrogênica e os resultados de estudos que analisaram os benefícios para o alívio dos sintomas da menopausa são heterogêneos e discordantes.

Framboesa e amora:

Essas frutas também contêm a isoflavona citada acima. Podem ser consumidas em forma de suco ou in natura. A vantagem da segunda forma é a maior quantidade de fibras, que contribuem para digestão.

Leite e derivados:

Cálcio é obrigatório nesta fase da vida. Depois dos 50 anos, quando a mulher para de produzir o estrogênio, ela começa a sofrer osteopenia –queda na densidade óssea, deixando seus ossos mais porosos e mais frágeis a queda. O cálcio deve ser reposto com leite e derivados (queijo e iogurte, por exemplo). No entanto, é importante a mulher suplementar vitamina D, que ajuda o corpo a absorver o cálcio ingerido. Fale com seu médico.

Couve:

Por conta do cálcio, os vegetais verdes-escuros também devem ser consumidos em abundância pela mulher que está nesta fase da vida. Além da couve, entram nessa categoria o agrião, chicória, espinafre e rúcula.

Alimentos que seriam melhor evitar:

Sal:

Por conta da falta de estrogênio, as mulheres, quando entram na menopausa, têm maior tendência a ter problemas cardíacos. Portanto, devem consumir com moderação tudo que se relacione hipertensão, como o sal e qualquer outro item que contenha sódio. A quantidade diária de sal recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é de 5 gramas, cerca de 1 colher (chá) do condimento. Ou seja, é bem pouco, levando em conta que o sal está “escondido” em diversos alimentos que consumimos no dia a dia.

Carboidratos:

A mulher deve prestar muita atenção neste período para não ganhar peso. Acontece que, por conta das alterações hormonais, ela tem mais tendência a acumular gordura. Além disso, esta é uma fase da vida em que as pessoas tendem a ingerir mais alimentos e a fazer menos exercícios físicos. E carboidratos simples, como o arroz branco e alimentos com açúcar refinado ou farinha branca, contribuem para o ganho de peso e acúmulo de gordura. Opte pelos cereais integrais.

Doces:

Como esta é uma fase em que a mulher pode passar por altos e baixos emocionais, por conta de todas as mudanças que a menopausa promove no organismo, é comum que ela queira recorrer aos doces como uma “bengala emocional”, em alguns momentos. É preciso atentar para isso para evitar o aumento de peso e, consequentemente, o aparecimento de outras doenças decorrentes da obesidade.

Café:

Estudo da conceituada Mayo Clinic, nos Estados Unidos, mostrou como a cafeína agrava os calorões. A pesquisa analisou 2.507 mulheres em dez anos e chegou a conclusão de que o uso de cafeína é associado a maiores fogachos em mulheres que estão no período pós-menopausa. Por ser estimulante, a bebida também prejudica o sono.

Bebidas alcoólicas:

Também servem de gatilho para os calorões. Quando consumimos algo alcoólico, o fluxo sanguíneo aumenta por conta da vasodilatação que o corpo sofre quando o álcool circula pelas veias. Apesar desse efeito ser rápido, é o suficiente para aquecer o corpo e desencadear uma onda de calor, além de serem altamente calóricas.

Fonte Site Viva Bem

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